Classe média descobre a blindagem de residências
Há dez anos, a blindagem de edifícios e casas era considerada um serviço para grandes empresas ou famçlias milionárias. Mas, há cerca de dois anos, a classe média passou a fazer parte dessa lista de consumidores, segundo Emerson Mendonça, presidente da câmara de blindagem arquitetç´nica da Associação Brasileira de Blindagem (Abrablin). O setor cresce 20% ao ano, segundo a Abrablin e nele predominam as pequenas e médias empresas.
O mercado avança a cada ano, de acordo com Cristiano Vargas, diretor da Vault, empresa especializada nesse tipo de serviço. Há dez anos, o grupo de clientes era restrito mas, há dois anos, ele tem aumentado. “A gente vê uma abrangência em termos de clientes muito grandeâ€, afirmou Vargas.
Em relação aos projetos residenciais, há cinco anos, a Vault era consultada apenas por construtoras de edifícios de padrão AAA, com unidades comercializadas a partir de 3 milhões de reais. Atualmente, a empresa atende construtoras para unidades comercializadas a partir de 450 mil reais.
No gosto da classe média
O diretor comercial da Blindação, Carlos Roberto Monte Serrat Barbosa, trabalha no setor há dez anos e afirma que, nos últimos três, devido ao crescimento da demanda e ao desenvolvimento de novos materiais, foi possçvel uma redução nos preços, levando ao aumento da procura da classe média pelos produtos.
As portas residenciais blindadas da Blindação custavam entre 8.000 reais e 9.000 reais, por exemplo. Agora o preço é de cerca de 3.000 reais. A diferença de preços refletiu-se nas vendas. Antes, a empresa vendia entre 15 e 20 portas blindadas por mês; agora são 100, e a meta é terminar o ano comercializando 250 por mês, segundo Barbosa.
A empresa só trabalha com blindagem arquitetç´nica e registrou, no ano passado, um faturamento de 10 milhões de reais. Para 2010, Barbosa espera 15 milhões – dos quais 7 milhões de reais já foram atingidos. As vendas residenciais correspondem a cerca de 20% do total.
Os maiores clientes da Blindação continuam sendo as indçºstrias e empresas. A companhia fez o maior projeto de blindagem do paçs. Trata-se dos 3.000 metros quadrados de área envidraçada e blindada da sede da SulAmérica. Também foi responsável por um dos trabalhos de maior destaque do setor: os 300 metros quadrados blindados do palácio do Planalto.
Rio de Janeiro e são Paulo lideram procura
Os mercados que mais buscam esse serviço são Rio de Janeiro e são Paulo sendo esse último o principal, segundo Helon Catalani, gerente de vendas da EMS Blindagens Arquitetônicas. No Rio, está engatinhando ainda, afirmou Catalani. Em são Paulo, a maior procura é por portas blindadas para apartamentos. Já no Rio, predomina a busca pelas janelas. No Rio, praticamente não se blinda guarita de prédio, não tem o problema de invasão de condomçnio. Lá tiro vem de fora.â€
Catalani destaca que a maior procura vem dos condomínios, que buscam guaritas, seguida pelas portas de apartamento. Há ainda empresas que desejam blindar portarias e ter células de segurança para seus diretores. A EMS já fez trabalhos para as forças armadas e para as guaritas da polícia militar do Rio. Seu ritmo é de cerca de 20 obras por mês, entre pequenas e grandes.
Por Beatriz Olivon - https://exame.abril.com.br/negocios/classe-media-descobre-blindagem-residencias-564309/#
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